Como reconhecer seitas e Heresias
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Como reconhecer seitas e Heresias
Como reconhecer seitas e Heresias
Reconheça as seitas e heresias
O mesmo espírito religioso que está por detrás de cultos como o islamismo, o animismo (adoração de espíritos, englobando todas as formas de umbanda), o espiritismo e outras manifestações religiosas, está também por detrás de todas as seitas e heresias que surgiram no meio da Igreja no decorrer da história. Na verdade, o diabo é especialista em variar suas armas no ataque contra a Igreja. A diferença entre o paganismo e o cristianismo é fácil de ser detectada, mas o mesmo não acontece entre o cristianismo verdadeiro e alguns movimentos heréticos.
Nosso interesse aqui não é formar um painel acerca das religiões que atuam ou atuaram no mundo, mas analisar principalmente algumas heresias e seitas que surgiram no meio da Igreja. Para isso, precisamos compreender primeiramente a diferença entre "heresia" e "seita".
HERESIA
A palavra "heresia" vem do termo grego "hairesis". Essa palavra é empregada no Novo Testamento com dois sentidos principais: (1) seita, no sentido de facção ou partido, um corpo de partidários de determinadas doutrinas (veja At 5:17; 15:5; 24:5; 26:5; 28:22); e (2) opinião contrária à doutrina prevalecente, de cujo ponto de vista é considerada heresia (veja 2 Pe 2:1).
1 Co 11:19; Gl 5:20 Nestes dois textos, o termo haireseis procura definir a atividade facciosa ou partidária. No primeiro, o sentido negativo do termo "partidos" é esclarecido pelo contexto: os aprovados são aqueles que não tomam parte nos "partidos". No segundo, é traduzido como "facções".
1 Co 1:10; 11:18 Em ambos os textos, a palavra traduzida "divisões", no grego, é schismata, que significa literalmente "rasgões em pano". Alguns estudiosos sustentam que essa palavra indica divisões em torno de personalidades, e não em torno de ensinos. Segundo esse ponto de vista, divisões em torno de personalidades seriam um "mal menor", não tão grave quanto as "heresias" (negações de verdades da fé). O texto de 1 Co 11:19, no entanto, parece relacionar as divisões aos partidos (haireseis).
Podemos resumir isto dizendo que, na perspectiva do Novo Testamento, toda divisão no corpo de Cristo (seja motivada por personalidades ou por diferenças no ensino) é considerada heresia. Isto coloca como heresia todo o denominacionalismo, tão comum na igreja.
No entanto, o uso histórico da palavra "heresia" passou a apontar quase que exclusivamente para seu segundo sentido assinalado acima, ou seja, o de opinião contrária à doutrina prevalecente, de cujo ponto de vista é heresia. Desta maneira, passaram a ser qualificadas de "heresia" os ensinos que, de alguma maneira, contrariam alguma verdade da fé cristã.
Nesta perspectiva, heresia pode ser definida como a "negação de uma verdade cristã definida e estabelecida, ou uma dúvida concernente a ela".
A heresia não pode ser confundida com a apostasia. O apóstata é alguém que rejeitou completamente a fé cristã; o herege continua vinculando-se à fé, excetuando-se os pontos em que seu sistema nega a fé cristã.
1 Co 15:12; Cl 2:8,16,20-22; 2 Ts 2:2; 1 Tm 4:1-3,7; 1 Jo 2:18,19,22; 4:2,3 Estes textos exemplificam diversas ocorrências de heresias, ainda no período da Igreja primitiva. Em Corinto, algumas pessoas negavam a possibilidade de ressurreição, influenciados pelo conceito grego de que a matéria seria algo inerentemente mau; no caso da igreja em Colossos, a heresia era uma forma particular de legalismo, oriunda de uma influência do gnosticismo grego sobre a igreja; o texto de 2 Ts 2:2 aponta outra heresia específica, relacionada com a volta de Jesus, a qual, segundo alguns, já teria acontecido; em 1 Tm Paulo prevê diversos ensinos heréticos que surgiriam na história da igreja; em 1 Jo, é a encarnação de Jesus que é especificamente atacada (uma forma da heresia conhecida como "docetismo", do grego dokein, "parecer", que ensinava que Jesus não possuíra um corpo físico, mas apenas uma "aparência" de corpo!).
Aparentemente, essas heresias podem "variar em grau". Uma coisa é atrelar-se a um legalismo estrito, como no caso dos colossenses; outra, bem diferente, é afirmar que Jesus não possuía um corpo físico. No entanto, toda heresia significa uma introdução de fermento na massa da fé cristã que, com o tempo, levedará a massa toda! Uma análise cuidadosa da carta aos Colossenses, por exemplo, nos mostrará que a influência do gnosticismo sobre a igreja (manifesta no temor aos "rudimentos do mundo", citados em Cl 2:8, e no extremo legalismo) diminuía aos olhos da igreja o próprio valor da obra redentora de Jesus (em razão do que, Paulo teve de afirmá-la em termos tão vigorosos em Cl 2:13,15).
O arianismo é outro exemplo de ensino herético que podemos tirar da História da igreja. Ário, que foi presbítero de Alexandria, sustentava que Jesus não era eterno, mas havia sido criado por Deus Pai. Ele não divergia do restante da igreja em nenhuma outra verdade, apenas nesta. Todavia, com a negação de que Jesus era co-eterno e co-igual com o Pai, ele na realidade abalava o alicerce mais fundamental do cristianismo.
SEITA
Podemos compreender melhor o que são seitas se, em primeiro lugar, verificarmos qual a diferença entre "seita" e "heresia". "Por definição, um herege é um cristão professo que está errado com relação a alguma verdade particular, ao passo que o ponto essencial quanto às seitas é que elas absolutamente não são cristãs, e sim contrafações do cristianismo."
Em seu sentido mais genérico, seita é "devoção a uma pessoa ou coisa particular, dedicada por uma corporação de adeptos". Esta definição está na raiz de termos como "sectarismo", e por esse ângulo tanto um partido político como uma torcida organizada de futebol poderiam ser classificados como "seita". Em nosso estudo, no entanto, estamos interessados em estudá-las de uma perspectiva cristã e, nesse prisma, as seitas aparecem invariavelmente como falsificações da fé cristã.
Podemos dizer que as seitas, em sua maior parte, são o produto final das heresias, ou seja, o resultado da fermentação herética na massa da igreja. Nem toda heresia culmina na formação de uma seita, mas toda seita possui em seu sistema elementos heréticos.
Vamos notar abaixo algumas características e sinais que podem nos ajudar a identificar o que são as seitas.
1 - Semelhança com o cristianismo.
Virtualmente todas as seitas possuem forte semelhança com a fé cristã legítima, e é justamente essa semelhança que se constitui na principal estratégia do diabo com relação a elas (veja 2 Co 11:13-15).
2 - Adeptos sinceros.
As seitas são povoadas por pessoas zelosas, mas destituídas de verdadeiro entendimento (veja Rm 10:2). Nunca devemos cometer o erro de questionar a sinceridade dos adeptos de qualquer seita; no entanto, precisamos reconhecer que esse zelo extremo a que se dispõem é uma característica do espírito de religiosidade que age por detrás delas.
3 - A questão da origem.
Todas as seitas, praticamente, reivindicam como sua fonte inicial alguma nova revelação da parte de Deus. Aqui temos uma diferença interessante entre heresia e seita. As heresias, geralmente, começam com pessoas que, estudando diligentemente as Escrituras, acabaram se afastando em sua interpretação. Ário, por exemplo, nunca afirmou ter recebido qualquer revelação divina relativa ao seu ensino sobre a pessoa de Jesus. Seu ensino foi oriundo do estudo que ele fez das Escrituras, dominado por um forte racionalismo. Mas os Testemunhas de Jeová, por exemplo (que tem em Ário um "precursor" de seu fundador, C. T. Russell) constantemente reivindicam revelações adicionais como base para seus ensinos
4 - Reconhecimento de autoridade adicional às Escrituras.
Este ponto praticamente decorre do anterior. As seitas sempre reconhecem uma autoridade adicional às Escrituras, que acaba sobrepujando a Bíblia e se torna sua base para doutrina e governo. O Mormonismo tem O Livro de Mórmon, a Pérola de Grande Valor e Doutrinas e Alianças; a Ciência Cristã tem o livro Ciência e Saúde, escrito pela fundadora, Mary Baker Eddy; os Adventistas do Sétimo Dia têm os escritos de Ellen G. White; e etc.
5 - Negação de verdades essenciais à fé cristã.
As seitas não se limitam a discordar sobre assuntos periféricos ou não essenciais; elas via de regra negam aspectos essenciais da fé cristã. Embora a lista possa variar ligeiramente de seita para seita, em geral seus ensinos discordam da verdade bíblica em áreas tão centrais quanto a Pessoa de Jesus (Testemunhas de Jeová), a Pessoa do Espírito Santo (Testemunhas de Jeová) a obra expiatória de Jesus (Adventistas do Sétimo Dia), a Justificação pela Fé (Mórmons), a Triunidade de Deus (Testemunhas de Jeová), o ensino das Escrituras sobre o pecado (Pensamento Positivo) a ressurreição e ascensão físicas do corpo de Jesus (Testemunhas de Jeová), entre outros. Além disso, muitas vezes as seitas conjugam, às negações dessas verdades essenciais, as invenções de ensinos que não possuem nenhuma base bíblica. É o caso tanto dos Adventistas do Sétimo Dia quanto dos Testemunhas de Jeová, os quais ensinam as doutrinas do sono da alma após a morte e do aniquilamento dos ímpios.
6 - Rejeição do espírito de oração.
Este é um dos sinais mais interessantes acerca das seitas. Em sua quase totalidade elas desvalorizam a oração, e isso não é de causar surpresa. A oração é uma atividade que não oferece atrativos, exceto para aqueles que são filhos de Deus. Como pode haver um legítimo espírito de oração numa seita que, por exemplo, nega o conceito de pecado, repudia a obra redentora de Jesus e rejeita o Espírito Santo como Pessoa (note que esses pontos estão intimamente ligados uns aos outros)?
7 - Ênfase numa "fórmula" particular.
Todas as seitas enfatizam geralmente uma "fórmula" específica, muitas vezes um esquema rígido que deve ser seguido a fim de que determinados resultados sejam obtidos. Segundo um autor, há uma semelhança interessante entre todas as seitas e os famosos "remédios de charlatães": algo muito simples, sem complicação, que serve para curar todos os males. Muitas vezes, um ensino (às vezes até mesmo bíblico e correto) é repetido à exaustão e indicado como solução para todos os tipos de problemas.
8 - Pretensão de exclusividade.
Esta é uma característica invariável das seitas: consideram-se a única expressão válida do cristianismo. O caso do Adventismo do Sétimo Dia é típico: para ministrar o batismo, esse grupo exige do "catecúmeno" uma confissão de que "a Igreja Adventista do Sétimo Dia é a Igreja remanescente", o que exclui todos os demais grupos cristãos. Seguindo nessa escola, um grupo saiu da Igreja Adventista do Sétimo Dia sob a direção de uma "profetisa" chamada Jeanine Sautron, e fundou a Igreja Adventista do Sétimo Dia - Os Remanescentes, a qual, num panfleto distribuído recentemente, chamou tanto a Igreja Adventista original como todos os demais grupos cristãos de "apóstatas".
A título de conclusão, poderíamos ilustrar da seguinte maneira a diferença entre "heresia" e "seita": heresia é como um câncer num ser humano; começa lento, insidioso, mas tende a crescer e a dominar todo o sistema do indivíduo. Já a seita, é como um "homem artificial", uma imitação do ser humano.
Ef 6:11,12 Notamos que as seitas possuem diversos sinais ou características comuns, e que revelam a existência de uma mente diabólica por detrás de todas elas. Devemos ter isto em mente, para nunca cometermos o erro de combatermos forças espirituais com armas naturais. Podemos e devemos estudar acerca das seitas, a fim de que possamos principalmente instruir pessoas que estão ou estiveram aprisionadas por elas e desejam ser libertas; nunca, porém, para debatermos com seus seguidores. A quase totalidade das seitas são alimentadas por um espírito de contenda religiosa, e quando passamos a discutir com seus adeptos estamos na verdade "fazendo o jogo" do demônio. Nossa posição deve ser a de rejeitar seus ensinos sem discussão, ao mesmo tempo em que devemos amar as pessoas que estão presas por esses ensinos e demonstrar a elas o nosso cristianismo através de nossas vidas, não de nossas palavras.
Fonte:www.comunidadecarisma.com.br
Reconheça as seitas e heresias
O mesmo espírito religioso que está por detrás de cultos como o islamismo, o animismo (adoração de espíritos, englobando todas as formas de umbanda), o espiritismo e outras manifestações religiosas, está também por detrás de todas as seitas e heresias que surgiram no meio da Igreja no decorrer da história. Na verdade, o diabo é especialista em variar suas armas no ataque contra a Igreja. A diferença entre o paganismo e o cristianismo é fácil de ser detectada, mas o mesmo não acontece entre o cristianismo verdadeiro e alguns movimentos heréticos.
Nosso interesse aqui não é formar um painel acerca das religiões que atuam ou atuaram no mundo, mas analisar principalmente algumas heresias e seitas que surgiram no meio da Igreja. Para isso, precisamos compreender primeiramente a diferença entre "heresia" e "seita".
HERESIA
A palavra "heresia" vem do termo grego "hairesis". Essa palavra é empregada no Novo Testamento com dois sentidos principais: (1) seita, no sentido de facção ou partido, um corpo de partidários de determinadas doutrinas (veja At 5:17; 15:5; 24:5; 26:5; 28:22); e (2) opinião contrária à doutrina prevalecente, de cujo ponto de vista é considerada heresia (veja 2 Pe 2:1).
1 Co 11:19; Gl 5:20 Nestes dois textos, o termo haireseis procura definir a atividade facciosa ou partidária. No primeiro, o sentido negativo do termo "partidos" é esclarecido pelo contexto: os aprovados são aqueles que não tomam parte nos "partidos". No segundo, é traduzido como "facções".
1 Co 1:10; 11:18 Em ambos os textos, a palavra traduzida "divisões", no grego, é schismata, que significa literalmente "rasgões em pano". Alguns estudiosos sustentam que essa palavra indica divisões em torno de personalidades, e não em torno de ensinos. Segundo esse ponto de vista, divisões em torno de personalidades seriam um "mal menor", não tão grave quanto as "heresias" (negações de verdades da fé). O texto de 1 Co 11:19, no entanto, parece relacionar as divisões aos partidos (haireseis).
Podemos resumir isto dizendo que, na perspectiva do Novo Testamento, toda divisão no corpo de Cristo (seja motivada por personalidades ou por diferenças no ensino) é considerada heresia. Isto coloca como heresia todo o denominacionalismo, tão comum na igreja.
No entanto, o uso histórico da palavra "heresia" passou a apontar quase que exclusivamente para seu segundo sentido assinalado acima, ou seja, o de opinião contrária à doutrina prevalecente, de cujo ponto de vista é heresia. Desta maneira, passaram a ser qualificadas de "heresia" os ensinos que, de alguma maneira, contrariam alguma verdade da fé cristã.
Nesta perspectiva, heresia pode ser definida como a "negação de uma verdade cristã definida e estabelecida, ou uma dúvida concernente a ela".
A heresia não pode ser confundida com a apostasia. O apóstata é alguém que rejeitou completamente a fé cristã; o herege continua vinculando-se à fé, excetuando-se os pontos em que seu sistema nega a fé cristã.
1 Co 15:12; Cl 2:8,16,20-22; 2 Ts 2:2; 1 Tm 4:1-3,7; 1 Jo 2:18,19,22; 4:2,3 Estes textos exemplificam diversas ocorrências de heresias, ainda no período da Igreja primitiva. Em Corinto, algumas pessoas negavam a possibilidade de ressurreição, influenciados pelo conceito grego de que a matéria seria algo inerentemente mau; no caso da igreja em Colossos, a heresia era uma forma particular de legalismo, oriunda de uma influência do gnosticismo grego sobre a igreja; o texto de 2 Ts 2:2 aponta outra heresia específica, relacionada com a volta de Jesus, a qual, segundo alguns, já teria acontecido; em 1 Tm Paulo prevê diversos ensinos heréticos que surgiriam na história da igreja; em 1 Jo, é a encarnação de Jesus que é especificamente atacada (uma forma da heresia conhecida como "docetismo", do grego dokein, "parecer", que ensinava que Jesus não possuíra um corpo físico, mas apenas uma "aparência" de corpo!).
Aparentemente, essas heresias podem "variar em grau". Uma coisa é atrelar-se a um legalismo estrito, como no caso dos colossenses; outra, bem diferente, é afirmar que Jesus não possuía um corpo físico. No entanto, toda heresia significa uma introdução de fermento na massa da fé cristã que, com o tempo, levedará a massa toda! Uma análise cuidadosa da carta aos Colossenses, por exemplo, nos mostrará que a influência do gnosticismo sobre a igreja (manifesta no temor aos "rudimentos do mundo", citados em Cl 2:8, e no extremo legalismo) diminuía aos olhos da igreja o próprio valor da obra redentora de Jesus (em razão do que, Paulo teve de afirmá-la em termos tão vigorosos em Cl 2:13,15).
O arianismo é outro exemplo de ensino herético que podemos tirar da História da igreja. Ário, que foi presbítero de Alexandria, sustentava que Jesus não era eterno, mas havia sido criado por Deus Pai. Ele não divergia do restante da igreja em nenhuma outra verdade, apenas nesta. Todavia, com a negação de que Jesus era co-eterno e co-igual com o Pai, ele na realidade abalava o alicerce mais fundamental do cristianismo.
SEITA
Podemos compreender melhor o que são seitas se, em primeiro lugar, verificarmos qual a diferença entre "seita" e "heresia". "Por definição, um herege é um cristão professo que está errado com relação a alguma verdade particular, ao passo que o ponto essencial quanto às seitas é que elas absolutamente não são cristãs, e sim contrafações do cristianismo."
Em seu sentido mais genérico, seita é "devoção a uma pessoa ou coisa particular, dedicada por uma corporação de adeptos". Esta definição está na raiz de termos como "sectarismo", e por esse ângulo tanto um partido político como uma torcida organizada de futebol poderiam ser classificados como "seita". Em nosso estudo, no entanto, estamos interessados em estudá-las de uma perspectiva cristã e, nesse prisma, as seitas aparecem invariavelmente como falsificações da fé cristã.
Podemos dizer que as seitas, em sua maior parte, são o produto final das heresias, ou seja, o resultado da fermentação herética na massa da igreja. Nem toda heresia culmina na formação de uma seita, mas toda seita possui em seu sistema elementos heréticos.
Vamos notar abaixo algumas características e sinais que podem nos ajudar a identificar o que são as seitas.
1 - Semelhança com o cristianismo.
Virtualmente todas as seitas possuem forte semelhança com a fé cristã legítima, e é justamente essa semelhança que se constitui na principal estratégia do diabo com relação a elas (veja 2 Co 11:13-15).
2 - Adeptos sinceros.
As seitas são povoadas por pessoas zelosas, mas destituídas de verdadeiro entendimento (veja Rm 10:2). Nunca devemos cometer o erro de questionar a sinceridade dos adeptos de qualquer seita; no entanto, precisamos reconhecer que esse zelo extremo a que se dispõem é uma característica do espírito de religiosidade que age por detrás delas.
3 - A questão da origem.
Todas as seitas, praticamente, reivindicam como sua fonte inicial alguma nova revelação da parte de Deus. Aqui temos uma diferença interessante entre heresia e seita. As heresias, geralmente, começam com pessoas que, estudando diligentemente as Escrituras, acabaram se afastando em sua interpretação. Ário, por exemplo, nunca afirmou ter recebido qualquer revelação divina relativa ao seu ensino sobre a pessoa de Jesus. Seu ensino foi oriundo do estudo que ele fez das Escrituras, dominado por um forte racionalismo. Mas os Testemunhas de Jeová, por exemplo (que tem em Ário um "precursor" de seu fundador, C. T. Russell) constantemente reivindicam revelações adicionais como base para seus ensinos
4 - Reconhecimento de autoridade adicional às Escrituras.
Este ponto praticamente decorre do anterior. As seitas sempre reconhecem uma autoridade adicional às Escrituras, que acaba sobrepujando a Bíblia e se torna sua base para doutrina e governo. O Mormonismo tem O Livro de Mórmon, a Pérola de Grande Valor e Doutrinas e Alianças; a Ciência Cristã tem o livro Ciência e Saúde, escrito pela fundadora, Mary Baker Eddy; os Adventistas do Sétimo Dia têm os escritos de Ellen G. White; e etc.
5 - Negação de verdades essenciais à fé cristã.
As seitas não se limitam a discordar sobre assuntos periféricos ou não essenciais; elas via de regra negam aspectos essenciais da fé cristã. Embora a lista possa variar ligeiramente de seita para seita, em geral seus ensinos discordam da verdade bíblica em áreas tão centrais quanto a Pessoa de Jesus (Testemunhas de Jeová), a Pessoa do Espírito Santo (Testemunhas de Jeová) a obra expiatória de Jesus (Adventistas do Sétimo Dia), a Justificação pela Fé (Mórmons), a Triunidade de Deus (Testemunhas de Jeová), o ensino das Escrituras sobre o pecado (Pensamento Positivo) a ressurreição e ascensão físicas do corpo de Jesus (Testemunhas de Jeová), entre outros. Além disso, muitas vezes as seitas conjugam, às negações dessas verdades essenciais, as invenções de ensinos que não possuem nenhuma base bíblica. É o caso tanto dos Adventistas do Sétimo Dia quanto dos Testemunhas de Jeová, os quais ensinam as doutrinas do sono da alma após a morte e do aniquilamento dos ímpios.
6 - Rejeição do espírito de oração.
Este é um dos sinais mais interessantes acerca das seitas. Em sua quase totalidade elas desvalorizam a oração, e isso não é de causar surpresa. A oração é uma atividade que não oferece atrativos, exceto para aqueles que são filhos de Deus. Como pode haver um legítimo espírito de oração numa seita que, por exemplo, nega o conceito de pecado, repudia a obra redentora de Jesus e rejeita o Espírito Santo como Pessoa (note que esses pontos estão intimamente ligados uns aos outros)?
7 - Ênfase numa "fórmula" particular.
Todas as seitas enfatizam geralmente uma "fórmula" específica, muitas vezes um esquema rígido que deve ser seguido a fim de que determinados resultados sejam obtidos. Segundo um autor, há uma semelhança interessante entre todas as seitas e os famosos "remédios de charlatães": algo muito simples, sem complicação, que serve para curar todos os males. Muitas vezes, um ensino (às vezes até mesmo bíblico e correto) é repetido à exaustão e indicado como solução para todos os tipos de problemas.
8 - Pretensão de exclusividade.
Esta é uma característica invariável das seitas: consideram-se a única expressão válida do cristianismo. O caso do Adventismo do Sétimo Dia é típico: para ministrar o batismo, esse grupo exige do "catecúmeno" uma confissão de que "a Igreja Adventista do Sétimo Dia é a Igreja remanescente", o que exclui todos os demais grupos cristãos. Seguindo nessa escola, um grupo saiu da Igreja Adventista do Sétimo Dia sob a direção de uma "profetisa" chamada Jeanine Sautron, e fundou a Igreja Adventista do Sétimo Dia - Os Remanescentes, a qual, num panfleto distribuído recentemente, chamou tanto a Igreja Adventista original como todos os demais grupos cristãos de "apóstatas".
A título de conclusão, poderíamos ilustrar da seguinte maneira a diferença entre "heresia" e "seita": heresia é como um câncer num ser humano; começa lento, insidioso, mas tende a crescer e a dominar todo o sistema do indivíduo. Já a seita, é como um "homem artificial", uma imitação do ser humano.
Ef 6:11,12 Notamos que as seitas possuem diversos sinais ou características comuns, e que revelam a existência de uma mente diabólica por detrás de todas elas. Devemos ter isto em mente, para nunca cometermos o erro de combatermos forças espirituais com armas naturais. Podemos e devemos estudar acerca das seitas, a fim de que possamos principalmente instruir pessoas que estão ou estiveram aprisionadas por elas e desejam ser libertas; nunca, porém, para debatermos com seus seguidores. A quase totalidade das seitas são alimentadas por um espírito de contenda religiosa, e quando passamos a discutir com seus adeptos estamos na verdade "fazendo o jogo" do demônio. Nossa posição deve ser a de rejeitar seus ensinos sem discussão, ao mesmo tempo em que devemos amar as pessoas que estão presas por esses ensinos e demonstrar a elas o nosso cristianismo através de nossas vidas, não de nossas palavras.
Fonte:www.comunidadecarisma.com.br
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