Crise americana: 'Vem aí um tsunami', diz economista
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Crise americana: 'Vem aí um tsunami', diz economista
Crise americana: 'Vem aí um tsunami', diz economista
Priscila Belmonte
Rio - A crise econômica americana vai impactar direto no bolso do brasileiro, contrariando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que afirmou nesta segunda-feira que a situação é tranqüila no País. O efeito não será imediato, segundo o economista Fábio Fonseca, do Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais), mas não vai demorar muito a chegar. "Se a crise se materializar, como tudo indica que irá acontecer, o peso no orçamento da população brasileira será sentido ainda neste fim de ano", garantiu Fábio.
A oscilação no mercado financeiro ganhou força após a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos reprovar nesta segunda o pacote de resgate do setor financeiro, orçado em US$ 700 bilhões. Na votação, 228 parlamentares votaram contra o plano e 205 a favor. Bolsas do mundo inteiro despencaram após o anúncio.
O clima de aversão ao risco no exterior fez a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) interromper os negócios por 30 minutos nesta segunda-feira, após cair até 10%. A bolsa paulista voltou a operar às 15h19 e as ações de muitas empresas continuaram a cair. Às 16h, as ações da Companhia Siderúrgica Nacional registravam queda de mais de 16%. As ações preferencias da Petrobras e Vale despencavam 12%. Após reabrir, a Bovespa chegou a registrar queda de 13%. O dólar fechou com alta de mais de 6%, cotado a R$ 1,97.
O efeito sobre o crédito é outro reflexo da crise americana, segundo ele. "As empresas que vendem a prazo vão reduzir o tempo de financiamento e aumentar o preço das parcelas". A valorização do dólar irá contribuir para a alta de diversos produtos, alertou Fábio.
"O presidente Lula fez um desfavor à população ao minimizar a crise americana. Ele deveria ter dito que a situação é grave e que o governo brasileiro está tomando todas as providências para lidar com a questão. Mas dizer que não vai acontecer nada aqui dá a impressão de que somos uma ilha perdida no mundo", disse o economista.
O conselho para os investidores é que aguardem esse momento de turbulência passar. "O melhor a fazer é ficar quieto e esperar para ver o que vai acontecer. Qualquer decisão tomada nesse momento é precipitada. As empresas não vão deixar de existir. É melhor deixar passar um ou dois anos para agir ( comprar ou vender ações)", orientou Fábio.
Priscila Belmonte
Rio - A crise econômica americana vai impactar direto no bolso do brasileiro, contrariando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que afirmou nesta segunda-feira que a situação é tranqüila no País. O efeito não será imediato, segundo o economista Fábio Fonseca, do Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais), mas não vai demorar muito a chegar. "Se a crise se materializar, como tudo indica que irá acontecer, o peso no orçamento da população brasileira será sentido ainda neste fim de ano", garantiu Fábio.
A oscilação no mercado financeiro ganhou força após a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos reprovar nesta segunda o pacote de resgate do setor financeiro, orçado em US$ 700 bilhões. Na votação, 228 parlamentares votaram contra o plano e 205 a favor. Bolsas do mundo inteiro despencaram após o anúncio.
O clima de aversão ao risco no exterior fez a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) interromper os negócios por 30 minutos nesta segunda-feira, após cair até 10%. A bolsa paulista voltou a operar às 15h19 e as ações de muitas empresas continuaram a cair. Às 16h, as ações da Companhia Siderúrgica Nacional registravam queda de mais de 16%. As ações preferencias da Petrobras e Vale despencavam 12%. Após reabrir, a Bovespa chegou a registrar queda de 13%. O dólar fechou com alta de mais de 6%, cotado a R$ 1,97.
O efeito sobre o crédito é outro reflexo da crise americana, segundo ele. "As empresas que vendem a prazo vão reduzir o tempo de financiamento e aumentar o preço das parcelas". A valorização do dólar irá contribuir para a alta de diversos produtos, alertou Fábio.
"O presidente Lula fez um desfavor à população ao minimizar a crise americana. Ele deveria ter dito que a situação é grave e que o governo brasileiro está tomando todas as providências para lidar com a questão. Mas dizer que não vai acontecer nada aqui dá a impressão de que somos uma ilha perdida no mundo", disse o economista.
O conselho para os investidores é que aguardem esse momento de turbulência passar. "O melhor a fazer é ficar quieto e esperar para ver o que vai acontecer. Qualquer decisão tomada nesse momento é precipitada. As empresas não vão deixar de existir. É melhor deixar passar um ou dois anos para agir ( comprar ou vender ações)", orientou Fábio.
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