Salário maior para 253 mil
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Salário maior para 253 mil
Salário maior para 253 mil
Estado concede reajuste de 8% para professores, bombeiros, policiais e agentes penitenciários
Alessandra Horto
servidores das polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, agentes penitenciários, professores da rede estadual de Educação e rede Faetec. O aumento beneficia 60% do funcionalismo — 420 mil pessoas. Várias categorias ficaram de fora, como profissionais da Saúde.
O reajuste começa a valer em 1º de setembro e está pouco acima da inflação oficial, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que acumula 6,37% em 12 meses.
Segundo o governo, as tabelas com cargos e novos valores ainda não foram elaboradas devido à grande variedade de níveis — o aumento será concedido a 161.960 ativos e 91.264 inativos e pensionistas. O impacto na folha de pagamento do estado será de R$ 160 milhões este ano.
O anúncio acontece uma semana depois de o secretário estadual de Fazenda, Joaquim Levy, afirmar que não havia previsão de aumento salarial para os servidores, mesmo após apresentar o balanço fiscal do primeiro semestre, quando os cofres do governo registraram superávit de R$ 1,44 bilhão.
O Boletim de Transparência Fiscal do estado mostrou que a despesa com pessoal cresceu 9,3% em 2008, em relação ao primeiro semestre do ano passado.
Levy explicou que esse aumento foi causado pelo reajuste de 4% concedido em setembro de 2007 aos servidores da Saúde, Educação e Segurança — além do pagamento das últimas parcelas do aumento dado em 2006, pela então governadora Rosinha Garotinho.
O reajuste foi anunciado um dia antes da paralisação de 24 horas, que acontece hoje, de servidores estaduais das áreas de Saúde, Educação e Segurança Pública. Eles vão fazer passeata do Largo do Machado até o Palácio da Guanabara. O manifesto é promovido pelo Movimento Unificado do Servidor Público Estadual, que exige aumento de 66% para recompor perdas salariais dos últimos anos.
Os sindicatos participantes do movimento reclamaram que o reajuste não repõe as perdas e vêem o aumento como uma tentativa do governo de esmorecer a marcha dos servidores.
Todos confirmaram que o reajuste salarial de 8% não vai calar as categorias, que continuarão a reivindicar incorporação das gratificações, plano de carreira para o funcionalismo, data-base unificada (1º de maio) e mais concursos públicos.
Aumento é considerado migalha
O reajuste foi visto como uma “migalha” pelo presidente licenciado do Sindicato dos Policiais Civis, Fernando Bandeira. Para ele, o anúncio do reajuste de 8% é muito pouco e nem de longe cobre a perda da Geat (Gratificação Especial de Atividades), em 2001. “Os ativos ganham pouco e têm que fazer bico para sobreviver. Os aposentados estão pendurados em empréstimos, principalmente para comprar cesta básica”, argumenta.
Outros funcionários da área de Segurança Pública também reclamam que o reajuste é uma espécie de “cala-boca” à categoria, que foi contra o aumento de 223% para 15 coronéis da Polícia Militar. Em junho, esses oficiais receberam reajuste na gratificação de cargos especiais, que passou de R$ 2.320 para R$ 7.500.
O estado justificou que o aumento era uma equiparação ao valor do benefício recebido por servidores em mesmo nível hierárquico. A medida causou polêmica, já que trabalhadores de outras categorias receberam reajuste de 4% no ano passado.
ANÚNCIO ANTES DA GREVE CAUSA ESTRANHEZA
Aumento insignificante perante as despesas do dia-a-dia. Essa é a opinião do professor Alex Tremtino, 37 anos, há 10 no funcionalismo estadual. O reajuste de 8% no salário do servidor representa mais R$ 50 no fim do mês. “Nos últimos anos, acumulamos perdas de 56%. O aumento não condiz com a nossa realidade”, afirma Tremtino.
O professor Gustavo Gonçalves, 26, discorda do reajuste e diz que o novo salário não vai permitir investimentos em cursos de especialização. “Não bastasse o professor pagar para trabalhar, não temos condições de estudar mais e garantir melhores aulas”, lamenta.
O coordenador do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), Danilo Serafim, achou estranho o aumento ser concedido na véspera da paralisação de 24 horas dos servidores das áreas de Segurança Pública, Educação e Saúde. “Parece que o governo quer esvaziar o movimento, mas 8% não resolvem o problema. Queremos 66%, e, pelo menos, 25% de imediato. Menos do que isso, não dá”, afirma.
Serafim lamentou a ausência do aumento para os funcionários da Saúde, que, no ano passado, receberam o reajuste de 4%.
Além da paralisação, os servidores da Educação vão participar de assembléia hoje, às 15h, no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que fica na Rua Araújo Porto Alegre 71, 9º andar, na Cinelândia.
Estado concede reajuste de 8% para professores, bombeiros, policiais e agentes penitenciários
Alessandra Horto
servidores das polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, agentes penitenciários, professores da rede estadual de Educação e rede Faetec. O aumento beneficia 60% do funcionalismo — 420 mil pessoas. Várias categorias ficaram de fora, como profissionais da Saúde.
O reajuste começa a valer em 1º de setembro e está pouco acima da inflação oficial, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que acumula 6,37% em 12 meses.
Segundo o governo, as tabelas com cargos e novos valores ainda não foram elaboradas devido à grande variedade de níveis — o aumento será concedido a 161.960 ativos e 91.264 inativos e pensionistas. O impacto na folha de pagamento do estado será de R$ 160 milhões este ano.
O anúncio acontece uma semana depois de o secretário estadual de Fazenda, Joaquim Levy, afirmar que não havia previsão de aumento salarial para os servidores, mesmo após apresentar o balanço fiscal do primeiro semestre, quando os cofres do governo registraram superávit de R$ 1,44 bilhão.
O Boletim de Transparência Fiscal do estado mostrou que a despesa com pessoal cresceu 9,3% em 2008, em relação ao primeiro semestre do ano passado.
Levy explicou que esse aumento foi causado pelo reajuste de 4% concedido em setembro de 2007 aos servidores da Saúde, Educação e Segurança — além do pagamento das últimas parcelas do aumento dado em 2006, pela então governadora Rosinha Garotinho.
O reajuste foi anunciado um dia antes da paralisação de 24 horas, que acontece hoje, de servidores estaduais das áreas de Saúde, Educação e Segurança Pública. Eles vão fazer passeata do Largo do Machado até o Palácio da Guanabara. O manifesto é promovido pelo Movimento Unificado do Servidor Público Estadual, que exige aumento de 66% para recompor perdas salariais dos últimos anos.
Os sindicatos participantes do movimento reclamaram que o reajuste não repõe as perdas e vêem o aumento como uma tentativa do governo de esmorecer a marcha dos servidores.
Todos confirmaram que o reajuste salarial de 8% não vai calar as categorias, que continuarão a reivindicar incorporação das gratificações, plano de carreira para o funcionalismo, data-base unificada (1º de maio) e mais concursos públicos.
Aumento é considerado migalha
O reajuste foi visto como uma “migalha” pelo presidente licenciado do Sindicato dos Policiais Civis, Fernando Bandeira. Para ele, o anúncio do reajuste de 8% é muito pouco e nem de longe cobre a perda da Geat (Gratificação Especial de Atividades), em 2001. “Os ativos ganham pouco e têm que fazer bico para sobreviver. Os aposentados estão pendurados em empréstimos, principalmente para comprar cesta básica”, argumenta.
Outros funcionários da área de Segurança Pública também reclamam que o reajuste é uma espécie de “cala-boca” à categoria, que foi contra o aumento de 223% para 15 coronéis da Polícia Militar. Em junho, esses oficiais receberam reajuste na gratificação de cargos especiais, que passou de R$ 2.320 para R$ 7.500.
O estado justificou que o aumento era uma equiparação ao valor do benefício recebido por servidores em mesmo nível hierárquico. A medida causou polêmica, já que trabalhadores de outras categorias receberam reajuste de 4% no ano passado.
ANÚNCIO ANTES DA GREVE CAUSA ESTRANHEZA
Aumento insignificante perante as despesas do dia-a-dia. Essa é a opinião do professor Alex Tremtino, 37 anos, há 10 no funcionalismo estadual. O reajuste de 8% no salário do servidor representa mais R$ 50 no fim do mês. “Nos últimos anos, acumulamos perdas de 56%. O aumento não condiz com a nossa realidade”, afirma Tremtino.
O professor Gustavo Gonçalves, 26, discorda do reajuste e diz que o novo salário não vai permitir investimentos em cursos de especialização. “Não bastasse o professor pagar para trabalhar, não temos condições de estudar mais e garantir melhores aulas”, lamenta.
O coordenador do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), Danilo Serafim, achou estranho o aumento ser concedido na véspera da paralisação de 24 horas dos servidores das áreas de Segurança Pública, Educação e Saúde. “Parece que o governo quer esvaziar o movimento, mas 8% não resolvem o problema. Queremos 66%, e, pelo menos, 25% de imediato. Menos do que isso, não dá”, afirma.
Serafim lamentou a ausência do aumento para os funcionários da Saúde, que, no ano passado, receberam o reajuste de 4%.
Além da paralisação, os servidores da Educação vão participar de assembléia hoje, às 15h, no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que fica na Rua Araújo Porto Alegre 71, 9º andar, na Cinelândia.
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